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Compreender a distribuição do plâncton no oceano representa um desafio de longa data na oceanografia devido às complexas interações físico-biológicas em múltiplas escalas. A influência de processos físicos na distribuição espaço-temporal de curto prazo do plâncton em um ecossistema costeiro subtropical do Brasil foi tema de estudo conduzido pelo Laboratório de Sistemas Planctônicos do Instituto oceanográfico da USP. A pesquisa foi parte da tese de doutorado da pesquisadora Silvana Penninck, sob orientação do Prof. Dr. Rubens Lopes.

O estudo analisou a distribuição espaço-temporal dos principais táxons do plâncton (>100 μm) na plataforma interna de Ubatuba-SP. O levantamento do plâncton foi realizado através de um equipamento de imageamento in situ desenvolvido com apoio do projeto INCT Mar COI. Os resultados sugerem que variações espaço-temporais geradas por mudanças no padrão dos ventos, como mistura vertical e advecção de massas de água, conduzem a variabilidades nas populações do plâncton em escalas temporais de algumas horas e em escalas espaciais ˂2 km.

Estudos como este contribuem para o conhecimento sobre mecanismos de interações físico-biológicas, além de serem fundamentais na avaliação dos efeitos da variabilidade climática nos serviços ecossistêmicos mediados pelo plâncton.

O artigo completo pode ser acessado em https://doi.org/10.1093/plankt/fbad009.